terça-feira, 18 de março de 2025

CUSTÓDINHO NO QUE TE METESTE..... 😰 😰 😰







Três detidos por exploração laboral em megaoperação da GNR em Sesimbra

Para a operação foram mobilizados cerca de 130 militares da GNR.

Correio da Manhã

18 de março de 2025 às 12:11

 

Sem higiene nem segurança: Condições de vida miseráveis de imigrantes foram filmadas

Dois homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 43 e os 62 anos, foram detidos por exploração laboral para a pesca profissional local e costeira, na sequência de uma Megaoperação da GNR em Sesimbra. Operação inclui também o concelho de Almada. 

"As buscas iniciadas hoje de manhã visam três suspeitos, mas esse número poderá aumentar", disse à agência Lusa o major Ilídio Barreiros, 2.º Comandante do Grupo de Guarda de Fronteiras da GNR, adiantando que há mais de uma dezena de pessoas identificadas que são vítimas no âmbito do processo. "

A mesma fonte referiu que foram apreendidas "várias embarcações e viaturas, 200 doses de haxixe e cinco armas e 300 munições". 

 

Três detidos por exploração laboral em megaoperação da GNR em Sesimbra

Para a operação foram mobilizados cerca de 130 militares da GNR, para cumprir 41 ordens de busca, sendo seis domiciliárias e outras 35 não domiciliárias. Os 41 mandados de buscas "incidem sobre empresas, embarcações, armazéns comerciais e de aprestos e escritórios de contabilidade", acrescentou o responsável da GNR, adiantando que "algumas embarcações e armazéns de aprestos, sem condições de higiene e de segurança, servem de alojamento aos migrantes", refere a mesma fonte.

Em Almada, as buscas incidiram sobre um gabinete de contabilidade que estará ligado à rede de exploração laboral. As autoridades apreenderam documentação relacionada com a falsificação de documentos e crimes fiscais. As empresas, que estão a ser investigadas com o apoio da Autoridade Tributária, terão falsificado entradas e saídas de dinheiro para fugir ao pagamento de impostos. As diligências no concelho de Almada foram as primeiras a terminar.

Em comunicado divulgado esta terça-feira, a GNR esclarece que a operação policial está a ser desenvolvida pela Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF), no âmbito de um inquérito criminal tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Évora, que investiga os crimes de angariação de mão-de-obra ilegal, fraude fiscal, falsificação de documentos e falsidade informática.

O comunicado adianta que as diligências policiais em curso resultaram da identificação de cidadãos estrangeiros em situação irregular no país, a viver em situações degradantes e explorados como mão-de-obra ilegal.

A GNR salienta ainda que a operação, batizada com o nome `Dignitas´, conta com o apoio da Autoridade Tributária (AT), da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), de equipas multidisciplinares especializadas para a assistência a vítimas de tráfico de seres humanos da Associação para o Planeamento da Família (APF), contando ainda com a presença de magistrados do Ministério Público".

A operação da GNR teve início em dezembro de 2023 e culminou nas detenções desta terça-feira.

Cerca de 20 imigrantes serão ajudados pela AIMA. 

 

Barcos, carros e armas de fogo apreendidos em operação da GNR em Sesimbra e Almada

Operação 'Dignitas' resultou ainda em três detenções.

Lusa

19 de março de 2025 às 08:34

 

Apreensões na operação 'Dignitas'FOTO: GNR

Oito embarcações, 15 veículos, cinco armas de fogo e centenas de munições foram apreendidos na terça-feira na operação de combate à angariação e exploração de mão-de-obra estrangeira em Almada e Sesimbra, que resultou em três detenções.

Num balanço final esta quarta-feira divulgado, a GNR explica que na operação, batizada com o nome 'Dignitas' e que decorreu na terça-feira, foram identificados 16 migrantes, com idades entre os 22 e os 69 anos, vítimas de auxílio à imigração ilegal, angariação de mão-de-obra ilegal e de utilização da atividade de cidadão estrangeiro em situação ilegal.

Estes homens tinham vínculo laboral às empresas investigadas no processo e estavam alojados nos armazéns de apresto do Porto de Sesimbra, sem as condições mínimas de habitabilidade, salubridade, higiene e segurança.

Os migrantes estavam sujeitas a condições de trabalho precárias, sem formação adequada e sem a necessária certificação para desenvolver a atividade laboral a bordo de embarcações de pesca profissional, sendo esta considerada "profissão de elevado risco", refere a GNR, acrescentando que, com a colaboração de diversas entidades, foi possível garantir alojamento temporário a todas as vítimas.

A operação resultou ainda na apreensão de 200 doses de haxixe, 900 euros em numerário, diversos equipamentos eletrónicos - computadores, telemóveis e dispositivos de armazenamento de dados.

Foi também apreendida documentação relativa à angariação, recrutamento e contratação de imigrantes para a pesca, bem como à atividade e contabilidade das empresas alvo deste inquérito, que é tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Évora e investiga os crimes de angariação de mão-de-obra ilegal, falsificação de documentos, fraude fiscal, corrupção ativa e passiva e falsidade informática.

As autoridades fizeram 41 buscas, das quais seis domiciliárias e 35 não domiciliárias, em quatro empresas, seis armazéns comerciais, quatro armazéns de apresto, um estabelecimento comercial, dois escritórios de contabilidade, várias embarcações de pesca e veículos.

A operação envolveu um total de 148 militares e contou com o apoio de diversas unidades da GNR, da Autoridade Tributária (AT), da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e de equipas multidisciplinares especializadas para a assistência a vítimas de tráfico de seres humanos da Associação para o Planeamento da Família (APF).

Os três detidos deverão ser presentes às autoridades esta quarta-feira para primeiro interrogatório judicial.