Sinais e Sintomas do Câncer de Bexiga
Os principais sinais e sintomas do câncer de bexiga são:
- Sangue
na urina
Na maioria dos casos, sangue na urina (hematúria) é o primeiro
sinal de alerta do câncer de bexiga. Às vezes, não existe uma quantidade de
sangue suficiente para alterar a cor da urina. Dependendo da quantidade de
sangue, a urina pode ter uma cor alaranjada ou menos frequentemente vermelha
escura. Em outros casos, a cor da urina é normal, mas pequenas quantidades de
sangue podem ser encontradas no exame de urina realizado por outros sintomas ou
como parte de um exame médico de rotina.
O sangue pode estar presente um dia e ausente no dia
seguinte e assim a urina pode ser clara durante semanas ou meses. No caso de um
câncer de bexiga, o sangue, eventualmente, reaparece. Normalmente, os estágios
iniciais de câncer de bexiga causam pouco sangramento, e pouca ou nenhuma dor.
Sangue na urina não significa necessariamente ter câncer na
bexiga. Hematúria frequentemente, pode ser causada por outros motivos, como
infecção, tumores benignos, cálculos renais ou outras doenças benignas do rim.
- Mudanças
nos hábitos urinários ou sintomas irritativos
O câncer de bexiga pode, algumas vezes, provocar alterações
na micção, como:
- Urinar
com frequência maior que a habitual.
- Sensação
de dor ou queimação ao urinar.
- Urgência
em urinar, mesmo quando a bexiga não esteja cheia.
- Problemas
para urinar ou fluxo de urina fraco
Esses sintomas também podem ser causados por uma doença
benigna, como infecções, tumores benignos, cálculos na bexiga, bexiga
hiperativa ou por aumento de tamanho da próstata. Ainda assim, é importante
procurar um médico, para que a causa seja diagnosticada e tratada, se
necessário.
- Sintomas
de câncer de bexiga avançado
Os cânceres de bexiga em estágio avançado podem provocar
outros sintomas, como:
- Impossibilidade
da pessoa urinar.
- Dor
lombar.
- Perda
de apetite e perda de peso.
- Fraqueza.
- Inchaço
nos pés.
- Dor
óssea.
Se há uma razão para suspeitar que uma pessoa possa ter
câncer de bexiga, o médico solicitará exames complementares para diagnosticar
se é câncer ou outra doença. Em caso de ser câncer, exames complementares serão
realizados para o estadiamento da doença.
Texto originalmente publicado no site da American
Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe
do Instituto Oncoguia.
Taxa de Sobrevida para Câncer de Bexiga por Estágio
A taxa de sobrevida é utilizada pelos médicos como uma forma
padrão para discutir o prognóstico de um paciente.
A taxa de sobrevida em 5 anos se refere à porcentagem de
pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença. A taxa de
sobrevida não prevê quanto tempo cada pessoa viverá, mas permite entender a
probabilidade de sucesso do tratamento.
As taxas de sobrevida são baseadas em resultados anteriores
de um grande número de pessoas que tiveram a doença, mas não se pode prever o
que vai acontecer no caso específico de um paciente. Essas estatísticas podem
ser confusas e podem gerar dúvidas, portanto converse com seu médico, só ele
tem amplo conhecimento de seu caso e poderá dizer como esses dados se aplicam
ao seu caso em particular.
A taxa de sobrevida relativa compara as pessoas com um
determinado tipo e estágio de câncer na população em geral. Por exemplo, se a
taxa de sobrevida relativa em 5 anos para um estágio específico de câncer de
bexiga é de 90%, isso significa que as pessoas portadoras de câncer de bexiga
têm, em média, 90% de probabilidade de estarem vivas pelo menos 5 anos após o
diagnóstico, comparando com as pessoas que não tem a doença. Mas, saiba que
muitos desses pacientes vivem mais do que 5 anos após o diagnóstico.
Os números abaixo são do banco de dados do Instituto
Nacional de Câncer Americano (SEER - Surveillance, epidemiology, and end
results), que rastreia as taxas de sobrevida em 5 anos para o câncer de bexiga.
No entanto, esse banco de dados não agrupa os cânceres pelo sistema de
estadiamento TNM, da AJCC e, sim como:
- Localizado. Não
existe sinal de disseminação da doença.
- Regional. O
tumor se disseminou para estruturas próximas ou linfonodos.
- À
distância. O tumor se disseminou para outros órgãos, como
pulmões, fígado ou ossos.
Os dados abaixo estão baseados em pacientes diagnosticados
com câncer de bexiga entre 2009 e 2015.
Estágio SEER |
Taxa de Sobrevida em 5 anos |
In situ Localizado |
96% 70% |
Regional |
36% |
À distância |
5% |
Todos os estágios SEER combinados |
77% |
Observações sobre as estatísticas acima:
- Os
pacientes diagnosticados atualmente com câncer de bexiga podem ter um
prognóstico melhor do que mostrado nos dados acima. As recentes melhorias
nas técnicas de tratamento podem resultar em um prognóstico mais favorável
para os pacientes que estão sendo agora diagnosticados e tratados
atualmente.
- Essas
estatísticas estão baseadas no estágio do câncer no momento do
diagnóstico.
- Essas
estatísticas não levam em consideração outros fatores, como idade, estado
geral de saúde e como a doença responde ao tratamento, que podem afetar o
prognóstico do paciente.
Texto originalmente publicado no site da American
Cancer Society, em 08/01/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe
do Instituto Oncoguia.
Cistoscopia para Diagnóstico de Câncer de Bexiga
Se houver suspeita de câncer de bexiga será solicitada uma
cistoscopia. Nesse procedimento, o urologista insere um cistoscópio através da
abertura externa da uretra. Quando o citoscópio está na bexiga é injetado soro
fisiológico para expandir a bexiga e permitir a visualização do seu interior.
A cistoscopia pode ser feita no consultório médico ou no
centro cirúrgico. Normalmente, a primeira cistoscopia é feita no consultório
usando um dispositivo de fibra óptica pequeno e flexível. Se a cistoscopia é
feita usando anestesia geral ou anestesia espinhal, o procedimento é feito no
centro cirúrgico.
Cistoscopia fluorescente. A cistoscopia
fluorescente pode ser realizada junto com a cistoscopia de rotina. Nesse
procedimento, é injetado na bexiga um medicamento ativado por luz, que é
absorvido pelas células cancerígenas. Quando essas células são iluminadas com
uma luz azul, elas se tornam fluorescentes, permitindo ao médico visualizar as
áreas com células cancerígenas.
Ressecção transuretral do tumor
Se uma área anormal é observada durante a cistoscopia, será
feita uma biópsia. Com auxílio de um instrumento inserido através do
cistoscópio, é removida uma amostra do tecido, que depois é enviada para um
laboratório de patologia para análise.
O procedimento utilizado para a biópsia de uma área anormal
é a ressecção transuretral do tumor da bexiga, também conhecido apenas como
ressecção transuretral. Nesse procedimento, o médico remove o tumor e algumas
amostras próximas ao tumor. As amostras retiradas são enviadas a um laboratório
de patologia para análise.
Texto originalmente publicado no site da American
Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe
do Instituto Oncoguia.
Detecção Precoce do Câncer de Bexiga
Algumas vezes é possível diagnosticar o câncer de bexiga
precocemente. A detecção precoce da doença aumenta as chances de um tratamento
bem sucedido.
Rastreamento
Os exames de rastreamento são realizados para a detecção
precoce de doenças em pessoas assintomáticas. Atualmente, não se recomenda o
rastreamento de rotina do público em geral para o câncer de bexiga porque não
existe um exame que tenha demonstrado diminuir o risco de morte por câncer de
bexiga em pessoas com risco médio para a doença.
Alguns médicos recomendam o rastreamento do câncer de bexiga
para as pessoas do grupo de alto risco, como:
- Pessoas
que foram previamente diagnosticadas com câncer de bexiga.
- Pessoas
que apresentaram determinados defeitos congênitos na bexiga.
- Pessoas
ocupacionalmente expostas a determinados produtos químicos.
Exames para detecção precoce
Os exames de rastreamento de câncer de bexiga investigam
diferentes substâncias ou células cancerosas na urina.
- Exame
de Urina
Uma maneira de investigar o câncer de bexiga é determinar a
presença (ou não) de sangue na urina, o que se denomina hematúria. Isso pode
ser feito durante um exame de urina, que é um teste simples para verificar a
presença de sangue e outras substâncias na urina. Esse exame é realizado como
parte da rotina de um check-up geral de saúde.
O sangue na urina é geralmente causado por doenças como
infecções, mas também pode ser o primeiro sinal do câncer de bexiga.
O exame de urina pode diagnosticar alguns cânceres de bexiga
precocemente, mas esse exame não é o mais adequado para o rastreamento.
- Citologia
da urina
Nesse exame, a urina é analisada sob um microscópio
para determinar a presença (ou não) de células cancerígenas. Esse exame permite
o diagnóstico de alguns tipos de câncer, mas não é confiável o suficiente para
o rastreamento da doença.
- Marcadores
tumorais
Vários exames mais recentes buscam substâncias na urina que
possam indicar a presença de câncer de bexiga:
- UroVysion. Esse
exame procura alterações cromossômicas que são frequentemente vistas nas
células cancerígenas da bexiga.
- Exame
BTA. Esse exame avalia uma substância na urina denominada
antígeno associado ao tumor da bexiga (BTA).
- Immunocyt. Esse
exame examina as células na urina quanto à presença de substâncias como a
mucina e o antígeno carcinoembrionário (CEA), que frequentemente são
encontradas nas células cancerígenas.
- NMP22
Bladdercheck. Esse exame procura a proteína NMP22 na urina, que é
frequentemente encontrada em níveis mais elevados em pessoas com câncer de
bexiga.
Possíveis sintomas do câncer de bexiga
Nenhum exame de rastreamento é recomendado para pessoas com
risco médio, mas o câncer de bexiga pode ser diagnosticado precocemente pela
presença de sangue na urina ou outros sintomas urinários. Muitos destes
sintomas são causados por outras patologias, mas é importante procurar um
médico imediatamente, para que a causa possa ser diagnosticada e, se
necessário, iniciar o tratamento. Se os sintomas são causados pelo câncer de
bexiga, a detecção precoce permite aumentar as chances de um tratamento bem
sucedido.
Texto originalmente publicado no site da American
Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe
do Instituto Oncoguia.
Biópsia do Câncer de Bexiga
Se existe a suspeita de câncer de bexiga, a biópsia é
necessária para confirmar o diagnóstico. A biópsia é um procedimento no qual
uma amostra de tecido é removida e encaminhada para análise de um patologista,
médico especializado no diagnóstico de doenças por meio da análise de tecidos
com um microscópio. Se o câncer de bexiga é diagnosticado, duas características
são importantes para determinar seu prognóstico, se é invasivo e o grau.
Invasividade. O resultado da biópsia mostra se o
tumor invadiu a parede da bexiga ou ainda se a doença permanece na camada
interna de células sem qualquer crescimento para as camadas mais profundas, o
que é denominado não invasivo. Se o tumor invadiu as camadas mais profundas da
bexiga, é chamado invasivo. Os cânceres invasivos são mais propensos a se
disseminarem e são mais difíceis de tratar.
O câncer de bexiga também pode ser descrito como não
muscular superficial ou invasivo. Esses termos incluem tanto os tumores não
invasivos, quanto os tumores invasivos que não cresceram na camada muscular da
bexiga.
Grau. Os cânceres de bexiga são, também,
classificados pelo grau:
- Câncer
de baixo grau. Também denominado câncer bem diferenciado. Os
pacientes com esse tipo de câncer geralmente têm um bom prognóstico.
- Câncer
de alto grau. Também denominado de câncer indiferenciado. O
câncer de alto grau é propenso a crescer na parede da bexiga e se
disseminar para fora da bexiga. Esses cânceres podem ser mais difíceis de
serem tratados.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Biópsia
e Citologia das Amostras.
Texto originalmente publicado no site da American
Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe
do Instituto Oncoguia.
Exames de Imagem para Diagnóstico do Câncer de Bexiga
Os exames de imagem ajudam a localizar a lesão e são
extremamente úteis para determinar a extensão da doença o que se denomina
estadiamento do câncer de bexiga.
- Urografia
excretora
A urografia excretora é uma radiografia do sistema urinário,
realizada após a injeção de um contraste administrado por via venosa. Esse
contraste é eliminado da corrente sanguínea pelos rins e passa pelos ureteres e
bexiga, permitindo delinear melhor esses órgãos ajudando a encontrar tumores no
trato urinário. Algumas pessoas podem ter reações alérgicas ao corante, por
isso é importante conversar com o médico sobre qualquer alergia ou reação com o
uso de contrastes.
- Urografia
retrógrada
Nesse procedimento, um cateter é colocado através da uretra
até a bexiga ou ureter. Em seguida é injetado um contraste na bexiga, ureteres
e rins para facilitar a visualização com os raios X.
- Tomografia
computadorizada
A tomografia computadorizada é uma técnica de diagnóstico
por imagem que utiliza a radiação X para visualizar pequenas fatias de
regiões do corpo, por meio da rotação do tubo emissor de Raios X ao redor
do paciente. O equipamento possui uma mesa de exames onde o paciente fica
deitado para a realização do exame. Esta mesa desliza para o interior do
equipamento, que é aberto, não gerando a sensação de claustrofobia.
A tomografia computadorizada de abdome e pelve permite
determinar o tamanho e a localização de tumores do trato urinário, assim como
encontrar linfonodos aumentados que podem conter a doença e fornecer
informações sobre outros órgãos do abdome e pelve.
Alguns exames tomográficos são realizados em duas etapas:
sem e com contraste. A administração intravenosa de contraste deve ser
realizada quando se deseja delinear melhor as estruturas do corpo, tornando o
diagnóstico mais preciso.
Muitas vezes a tomografia computadorizada é utilizada para
guiar precisamente o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área
suspeita de câncer.
- Ressonância
magnética
A ressonância magnética é um método de diagnóstico por
imagem, que utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens. Este
exame, além de permitir uma avaliação dos órgãos internos, sem a utilização de
raios X, também proporciona uma visão mais abrangente da região examinada.
A ressonância magnética é particularmente útil para
diagnosticar se a doença se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos.
- Ultrassom
Ao contrário da maioria dos exames de diagnóstico por
imagem, a ultrassonografia é uma técnica que não emprega radiação ionizante
para a formação da imagem. Ela utiliza ondas sonoras de frequência acima do
limite audível para o ser humano, que produzem imagens em tempo real de órgãos,
tecidos e fluxo sanguíneo do corpo.
O ultrassom permite determinar o tamanho do tumor e se ele
se disseminou para tecidos próximos ou outros órgãos.
Muitas vezes o ultrassom é utilizado para guiar precisamente
o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de câncer.
- Radiografia
de tórax
O exame de raios X é um procedimento de imagem para
avaliar o corpo humano, que cria uma imagem das estruturas internas do corpo,
utilizando uma pequena quantidade de radiação.
A radiografia de tórax é utilizada para diagnosticar a
presença de alguma imagem suspeita de tumor em algum dos pulmões.
- Cintilografia
óssea
A cintilografia óssea é uma forma de diagnóstico por imagem
que avalia funcionalmente os órgãos e não apenas sua morfologia.
A cintilografia só é realizada se o paciente apresenta dores
ósseas ou se os exames de sangue mostrarem que a doença pode ter se disseminado
para os ossos.
Para a realização do exame é administrado ao paciente uma
injeção intravenosa do radiofármaco 99mTc-MDP (tecnécio), que após algumas
horas é atraído pelo tecido ósseo com doença. Para registrar as áreas de
captação do material radioativo é utilizada uma câmera especial, que detecta a
radioatividade e cria uma imagem do esqueleto. A captação óssea nas imagens é
proporcional à atividade metabólica no osso, se devendo principalmente à
adsorção do radiofármaco. A cintilografia pode detectar variações de até 5% no
metabolismo ósseo, geralmente precedendo as alterações radiológicas, oferecendo
alta sensibilidade e baixa dose de radiação mesmo na varredura de todo o
esqueleto.
As áreas de dano ósseo aparecem como pontos escuros na
imagem do esqueleto. Esses pontos podem sugerir a presença de câncer
metastático. No entanto, outras doenças, como por exemplo, a artrite apresenta
o mesmo padrão de imagem. Para diferenciar o resultado de outras doenças são
solicitados exames adicionais de imagem, como radiografias simples, tomografia
computadorizada ou ressonância magnética.
A injeção do material radioativo é a única parte
desconfortável desse exame. O material radioativo é eliminado pela urina e a
quantidade de radioatividade utilizada é baixa, não oferecendo risco para você
ou às pessoas próximas.
Texto originalmente publicado no site da American
Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe
do Instituto Oncoguia.
Exames de Laboratório para Câncer de Bexiga
Os principais exames utilizados para o diagnóstico do câncer
de bexiga são:
- Exame
de urina. É um exame simples para verificar a presença de
sangue e outras substâncias em uma amostra de urina.
- Citologia
da urina. Na citologia urinária uma amostra de urina é
analisada sob um microscópio para ver se existe qualquer tipo de células
pré-cancerígenas ou cancerígenas. A citologia ajuda a diagnosticar alguns
tipos de câncer, mas não é um exame definitivo. Se o câncer não for
diagnosticado nesse exame, não significa que a pessoa não tenha células
cancerígenas.
- Cultura
de urina. A cultura de urina é útil para diagnosticar
infecções em pessoas com sintomas urinários. Infecções e câncer de bexiga
podem causar sintomas semelhantes. No laboratório, a urina coletada é
colocada num cultivo, para permitir o crescimento de possíveis bactérias
presentes. O resultado desse exame demora alguns dias.
- Marcadores
tumorais. Os exames de urina buscam substâncias específicas
liberadas pelas células cancerígenas. Esses exames podem ser realizados
junto com a citologia urinária para determinar se uma pessoa tem câncer de
bexiga. O que inclui o NMP22 e BTA Stat, o Immunocyt e o UroVysion.
A maioria dos médicos considera a cistoscopia como a melhor
maneira de diagnosticar o câncer de bexiga, além disso, alguns desses exames
podem ser uteis para diagnosticar uma possível recidiva da doença.
Texto originalmente publicado no site da American
Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe
do Instituto Oncoguia.
Estadiamento do Câncer de Bexiga
O estadiamento descreve aspectos do câncer, como
localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do
corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e o
prognóstico do paciente.
O estágio do câncer de bexiga é baseado nos resultados de
exames físicos, biópsias e exames de imagem, bem como os resultados da
cirurgia.
Sistema de estadiamento TNM
O sistema de estadiamento utilizado para o câncer de bexiga
é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer (AJCC), que utiliza três
critérios para avaliar o estágio do câncer:
- T. Indica
o tamanho do tumor primário e até onde se disseminou.
- N. Descreve
se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais próximos.
- M. Indica
se existe presença de metástase em outras partes do corpo.
Números ou letras após o T, N e M fornecem mais detalhes
sobre cada um desses fatores. Números mais altos significam que a doença está
mais avançada. Depois que as categorias T, N e M são determinadas, essas
informações são combinadas em um processo denominado estadiamento geral.
O primeiro estágio é o estágio 0 (carcinoma in situ) e, em
seguida, variam de estágio I a IV. Quanto maior o estágio, por exemplo, estágio
IV, significa que a doença está mais avançada.
O sistema de estadiamento a seguir usa o estágio patológico,
que está baseado nos resultados do exame físico, biópsia, exames de imagem e
resultados da cirurgia. Esse tipo de estadiamento é provavelmente mais
preciso do que o estadiamento clínico, que leva em consideração apenas os
exames realizados antes da cirurgia.
Estágios do Câncer de Bexiga
Estágio 0a. Ta, N0, M0.
Estágio 0is. Tis, N0, M0.
Estágio I. T1, N0, M0.
Estágio II. T2a ou T2b, N0, M0.
Estágio IIIA. T3a, T3b, ou T4a, N0, M0; T1 a T4a, N1, M0.
Estágio IIIB. T1 a T4a, N2 ou N3, M0.
Estágio IVA. T4b, qualquer N, M0; Qualquer T, qualquer N,
M1a.
Estágio IVB. Qualquer T, qualquer N, M1b.
Categorias T para câncer de bexiga
A parede da bexiga é formada por 4 camadas principais:
- O
revestimento mais interno denominado urotélio ou epitélio de transição.
- Camada
de tecido conectivo, vasos sanguíneos e nervos.
- Camada
espessa de músculo.
- Camada
de tecido conectivo gorduroso que separa a bexiga dos órgãos próximos.
A maioria dos cânceres de bexiga começa no urotélio. A
medida que o câncer se desenvolve e invade as outras camadas da bexiga é
considerado um tumor avançado.
As categorias T são descritas acima, exceto para:
- TX.
O tumor primário não pode ser avaliado devido a falta de informação.
- T0.
Não há evidência de tumor primário.
Categorias N para câncer de bexiga
As categorias N são descritas acima, exceto: para
- NX.
Os linfonodos regionais não podem ser avaliados devido a falta de
informação.
- N0.
Ausência de metástase em linfonodo regional
Categorias M para câncer de bexiga
As categorias M estão descritas acima indicando a presença
de metástase.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Estadiamento
do Câncer.
Texto originalmente publicado no site da American
Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe
do Instituto Oncoguia.
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