A selecção portuguesa de sub-21 não perdeu qualquer jogo desde a fase de qualificação para o Europeu até à final com a Suécia.
Portugal: José Sá, Ricardo Esgaio, Paulo Oliveira, Tiago Ilori, Raphael Guerreiro, William Carvalho, Sérgio Oliveira, João Mário, Bernardo Silva, Ricardo Pereira e Ivan Cavaleiro
Suécia: Lindelöf, Miloševic, Helander, Augustinsson, Tibbling, Lewicki, Hiljemark, Khalili, Guidetti e Kiese Thelin
A seleção
portuguesa de futebol de sub-21 cumpriu com o excelente registo de 12 vitórias
e três empates o ciclo 2013/2015, mas acabou sem título, derrotada na final
pela Suécia nas grandes penalidades.Os falhanços de Ricardo Esgaio e William
Carvalho, no sempre ingrato desempate, roubaram a glória aos comandados de Rui
Jorge, que, ainda assim, qualificaram-se para os Jogos Olímpicos de 2016, no
Rio de Janeiro, onde podem conseguir outro título que Portugal nunca conquistou.O
percurso começou a 5 de setembro de 2013, com uma goleada à Noruega (5-1 em
Barcelos), no que foi a primeira de 10 vitórias em 10 jogos na qualificação.Após
um apuramento perfeito, Portugal conseguiu um 11.º triunfo consecutivo já na
fase final (1-0 à Inglaterra) e chegou à final invicto, estatuto que não perdeu
em Praga, ao atingir o final dos 120 minutos empatado a zero.Portugal esteve
mais perto do que nunca do cetro, mas o desfecho foi o mesmo de há 21 anos: em
1994, a ‘geração de ouro’, vencedor dos mundiais de sub-20 de 1989 e 1991,
tombou também na final, na ‘morte súbita’, face à Itália (0-1).Um novo desaire
na final não ‘apaga’, porém, um notável percurso de duas épocas (2013/14 e
2014/15), em que Rui Jorge utilizou 35 jogadores – Tobias Figueiredo e João
Cancelo apenas na fase final –, que conseguiram marcar um total de 36 golos,
para apenas 11 sofridos.Em termos individuais, destaque para o central Paulo
Oliveira, que cumpriu todos os 1.380 minutos da campanha lusa, a primeira parte
como jogador do Vitória de Guimarães e a segunda já em representação do
Sporting.Por seu lado, Ricardo Pereira, jogador que o FC Porto foi buscar ao
‘mesmo’ Vitória de Guimarães, foi o melhor marcador da formação das ‘quinas’,
com seis golos, um dos quais na fase final, o segundo na fantástica goleada à
Alemanha (5-0).O percurso da seleção das ‘quinas’ começou com uma vitória e
muito prometedora, um 5-1 caseiro frente à Noruega, a 05 de setembro de 2013,
em Barcelos, com tentos de Betinho, Ivan Caveleiro, Sérgio Oliveira, William
Carvalho e Ricardo Pereira, depois dos nórdicos se adiantarem no marcador.Seguiu-se
uma jornada dupla, em outubro, e mais duas vitórias claras e sem golos
sofridos: 3-0 a Israel, na Marinha Grande e 2-0 no Azerbaijão.Ao quarto jogo,
Portugal sentiu, pela primeira vez, dificuldades, mas venceu com ‘alma’ em
Israel por 4-3, num embate em que também esteve a perder, e por duas vezes (0-1
e 1-2), acabando por selar a vitória aos 86 minutos, com um tento de André
Gomes que a UEFA atribui a Bernardo Silva.O apuramento para o ‘play-off’ estava
encaminhado e ficou selado, prematuramente, com dois triunfos face à Macedónia,
já em 2014: 2-0 em casa e 1-0 fora, graças a um golo do central Tiago Ilori,
aos 64 minutos.Portugal estava apurado, mas não se cansou de ganhar e conseguiu
mesmo o objetivo de acabar a qualificação só com vitórias, ao bater nos últimos
jogos a Noruega (2-1 fora) e o Azerbaijão (3-1 em casa), para acabar o Grupo B
nove pontos à frente de Israel (24 contra 15). no ‘play-off’, caiu em sorte a
Holanda e Portugal deixou a eliminatória praticamente resolvido em Alkmaar, ao
vencer por 2-0, para, em Paços de Ferreira, selar uma qualificação perfeita com
um pouco usual 5-4, sem nunca estar a perder. Para a fase final, o primeiro
objetivo passava pela qualificação para os Jogos Olímpicos, ao alcance dos
semi-finalistas e, eventualmente, do quinto colocado, caso a Inglaterra,
inelegível para o Rio2016, ficasse no ‘top 4’.A estreia foi, precisamente, com
os ingleses e Portugal começou da melhor forma, vencendo por 1-0, graças a um
golo solitário de João Mário, aos 57 minutos.Depois, frente à ‘besta-negra’
Itália, que perdera por 2-1 com a Suécia, Portugal conseguiu um importante
‘nulo’, num embate em que brilhou o guarda-redes José Sá, para, a fechar, obter
mais um empate, este a um, com sabor a vitória.Face aos suecos, a formação das
‘quinas’ marcou primeiro, por Gonçalo Paciência, aos 82 minutos, com Simon
Tibbling a restabelecer a igualdade, aos 89, num tento que qualificou os suecos
e afastou da prova a Itália.Como vencedor do Grupo B, com mais um ponto do que
suecos e italianos, Portugal encontrou a Alemanha, teoricamente o adversário
mais complicado, mas, com uma exibição a roçar a perfeição, de classe e
competência, goleou por 5-0. Bernardo
Silva, Ricardo Pereira, Ivan Cavaleiro, João Mário e Ricardo Horta selaram a
mais pesada derrota de sempre dos sub-21 germânicos, a fazer recordar o 3-0 do
Europeu de 2000, com as ‘reservas’ e ‘hat-trick’ de Sérgio Conceição.Depois dos
germânicos, voltou a Suécia, que na outra meia-final bateu a Dinamarca por 3-1,
e o resultado foi novo empate, este a zero e após prolongamento. Tudo foi
decidido nos penáltis e venceram os nórdicos, por 4-3.
Fonte:SAPO