O tratamento para deixar de fumar por eletroterapia
auricular não é único nem exclusivo de ninguém.
Ele baseia-se em estudos onde se
relacionou a milenar medicina chinesa com novos achados cientificos, e
revelaram que impulsos electricos aplicados em vários pontos das orelhas,
relacionados com o mapa dos pontos de acupunctura auricular,estimulam regiões
do cérebro que são essenciais ao vício e usando um aparelho que combina a
eletroacupuntura com a eletroterapia e especialmente desenvolvido para o
tratamento, aumenta ou diminui a atividade elétrica do cortex insular –
aparentemente facilitando o abandono do hábito de fumar.
Os novos achados cientificos foram revelados por um
estudo publicado na revista “Science”. Onde o seu autor Nasir Naqvi, da
Universidade de Iowa , descobriu que atuar sobre uma parte específica do
cérebro acaba imediatamente com o hábito de fumar e com o vício de outros tipos
de drogas também.
“Fumar é mais que levar nicotina até o
cérebro. É uma maneira de pensar e sentir que tem a ver com o modo com que o
hábito de fumar altera o nosso corpo, e não apenas o cérebro. Encontramos uma
região do cérebro que parece ser essencial para o vício do cigarro, envolvida
com o modo com que sentimos as coisas que acontecem no nosso organismo.” ”,
afirmou o autor“
Estudando imagens do cérebro, Naqvi e seus colegas
descobriram que a atividade no córtex insular (ou insula), na lateral do
cérebro, aumenta quando as pessoas sentem desejo de fumar. O local está ligado
à tradução das necessidades do corpo em algo que podemos “sentir”. Quando o
corpo sente falta de comida, por exemplo, a insula transforma isso em fome.
Para verificar se estavam corretos, os
cientistas procuraram pacientes que tinham danificado o local. Encontraram 19
fumantes que consumiram mais de cinco cigarros ao dia por mais de dois anos e
que sofreram algum tipo de lesão na insula, seis deles do lado direito e treze
do lado esquerdo. Outros 50 fumantes participaram para efeito de comparação
eles sofreram danos cerebrais, mas não nessa região específica. Segundo Naqvi,
a presença deles era importante para verificar se os pacientes não paravam de
fumar por simples efeito psicológico. Afinal, após um problema no cérebro,
seria esperado que eles começassem a valorizar mais a vida e a saúde.
De fato, muitos pacientes com vários tipos de lesões cerebrais abandonaram o vício, mas nenhum tão facilmente quanto aqueles que danificaram o cortex insular.
Treze desses últimos pararam de fumar e doze deles afirmaram que o fizeram tão tranqüilamente que nunca mais sentiram vontade de consumir outro cigarro, nem mesmo uma vez. O efeito foi imediato.
De fato, muitos pacientes com vários tipos de lesões cerebrais abandonaram o vício, mas nenhum tão facilmente quanto aqueles que danificaram o cortex insular.
Treze desses últimos pararam de fumar e doze deles afirmaram que o fizeram tão tranqüilamente que nunca mais sentiram vontade de consumir outro cigarro, nem mesmo uma vez. O efeito foi imediato.
Com base no que aprenderam, os
cientistas acreditam que podem desenvolver novos tratamentos para controlar a
vontade de fumar e, por conseqüência, a vontade de consumir outras drogas.
Existe a possibilidade de atrapalhar temporariamente o funcionamento da insula
com técnicas como a aplicação de pequenos impulsos eletricos em pontos
especificos.
“Parece que mudamos a atividade elétrica das redes
cerebrais de tal forma que ajudou as pessoas a deixar de fumar”, diz o
Dr.Angelo Ferrão, Osteopata especialista em eletroterapia, que ajudou a adaptar
uma máquina e coordenou um estudo onde fumadores compulsivos que fracassaram em
tentativas anteriores de deixar de fumar, com medicamentos, adesivos de
nicotina e psicoterapia, conseguiram.
O tratamento, baseado nas pesquisas do
Prof. Abraham Zangen que em Israel continua a coordenar um estudo de
acompanhamento sobre fumadores e toxicodependentes, usando a
eletroencefalografia, ou EEG, para identificar como exatamente o cérebro muda,
è chamado de electro estimulação transcraniana e é uma versão com maior
penetração da auriculopuntura padrão, que é usada há milhares de anos anos, mas
se mostrou incapaz de proporcionar resultados duradouros.
A eletroestimulação transcraniana
funciona em fumadores ao impulsionar as redes de neurônios em regiões cerebrais
inibidoras de comportamento, aumentando a capacidade de resistirem à
necessidade de fumar.
O Dr. Angelo Ferrão afirma que os impulsos eletricos
podem também desencadear a liberação de endorfinas naturais do corpo, que se
tornam escassas durante a retirada do tabaco e de outras substâncias causadoras
de dependência, dificultando o seu abandono.
Exames Eletroencefalograficos em
fumadores revelaram o surgimento de ondas de alta frequencia em zonas
especificas do cerebro, quando os individuos eram “provocados” acendendo um
cigarro à sua frente.
Os participantes que depois realizaram o
tratamento por eletroterapia auricular mostraram resultados espetaculares com
normalização do canal onde ocorreu a onda anormal.
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