terça-feira, 21 de junho de 2016

ELECTROTERAPIA AURICULAR PARA DEIXAR DE FUMAR.


O tratamento para deixar de fumar por eletroterapia auricular não é único nem exclusivo de ninguém.
Ele baseia-se em estudos onde se relacionou a milenar medicina chinesa com novos achados cientificos, e revelaram que impulsos electricos aplicados em vários pontos das orelhas, relacionados com o mapa dos pontos de acupunctura auricular,estimulam regiões do cérebro que são essenciais ao vício e usando um aparelho que combina a eletroacupuntura com a eletroterapia e especialmente desenvolvido para o tratamento, aumenta ou diminui a atividade elétrica do cortex insular – aparentemente facilitando o abandono do hábito de fumar.
Os novos achados cientificos foram revelados por um estudo publicado na revista “Science”. Onde o seu autor Nasir Naqvi, da Universidade de Iowa , descobriu que atuar sobre uma parte específica do cérebro acaba imediatamente com o hábito de fumar e com o vício de outros tipos de drogas também.
“Fumar é mais que levar nicotina até o cérebro. É uma maneira de pensar e sentir que tem a ver com o modo com que o hábito de fumar altera o nosso corpo, e não apenas o cérebro. Encontramos uma região do cérebro que parece ser essencial para o vício do cigarro, envolvida com o modo com que sentimos as coisas que acontecem no nosso organismo.” ”, afirmou o autor“
Estudando imagens do cérebro, Naqvi e seus colegas descobriram que a atividade no córtex insular (ou insula), na lateral do cérebro, aumenta quando as pessoas sentem desejo de fumar. O local está ligado à tradução das necessidades do corpo em algo que podemos “sentir”. Quando o corpo sente falta de comida, por exemplo, a insula transforma isso em fome.
Para verificar se estavam corretos, os cientistas procuraram pacientes que tinham danificado o local. Encontraram 19 fumantes que consumiram mais de cinco cigarros ao dia por mais de dois anos e que sofreram algum tipo de lesão na insula, seis deles do lado direito e treze do lado esquerdo. Outros 50 fumantes participaram para efeito de comparação eles sofreram danos cerebrais, mas não nessa região específica. Segundo Naqvi, a presença deles era importante para verificar se os pacientes não paravam de fumar por simples efeito psicológico. Afinal, após um problema no cérebro, seria esperado que eles começassem a valorizar mais a vida e a saúde.
De fato, muitos pacientes com vários tipos de lesões cerebrais abandonaram o vício, mas nenhum tão facilmente quanto aqueles que danificaram o cortex insular.
Treze desses últimos pararam de fumar e doze deles afirmaram que o fizeram tão tranqüilamente que nunca mais sentiram vontade de consumir outro cigarro, nem mesmo uma vez. O efeito foi imediato.
Com base no que aprenderam, os cientistas acreditam que podem desenvolver novos tratamentos para controlar a vontade de fumar e, por conseqüência, a vontade de consumir outras drogas. Existe a possibilidade de atrapalhar temporariamente o funcionamento da insula com técnicas como a aplicação de pequenos impulsos eletricos em pontos especificos.
“Parece que mudamos a atividade elétrica das redes cerebrais de tal forma que ajudou as pessoas a deixar de fumar”, diz o Dr.Angelo Ferrão, Osteopata especialista em eletroterapia, que ajudou a adaptar uma máquina e coordenou um estudo onde fumadores compulsivos que fracassaram em tentativas anteriores de deixar de fumar, com medicamentos, adesivos de nicotina e psicoterapia, conseguiram.
O tratamento, baseado nas pesquisas do Prof. Abraham Zangen que em Israel continua a coordenar um estudo de acompanhamento sobre fumadores e toxicodependentes, usando a eletroencefalografia, ou EEG, para identificar como exatamente o cérebro muda, è chamado de electro estimulação transcraniana e é uma versão com maior penetração da auriculopuntura padrão, que é usada há milhares de anos anos, mas se mostrou incapaz de proporcionar resultados duradouros.
A eletroestimulação transcraniana funciona em fumadores ao impulsionar as redes de neurônios em regiões cerebrais inibidoras de comportamento, aumentando a capacidade de resistirem à necessidade de fumar.
O Dr. Angelo Ferrão afirma que os impulsos eletricos podem também desencadear a liberação de endorfinas naturais do corpo, que se tornam escassas durante a retirada do tabaco e de outras substâncias causadoras de dependência, dificultando o seu abandono.
Exames Eletroencefalograficos em fumadores revelaram o surgimento de ondas de alta frequencia em zonas especificas do cerebro, quando os individuos eram “provocados” acendendo um cigarro à sua frente.
Os participantes que depois realizaram o tratamento por eletroterapia auricular mostraram resultados espetaculares com normalização do canal onde ocorreu a onda anormal.












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