quarta-feira, 8 de junho de 2016

VIDEOCOLONOSCOPIA

VIDEOCOLONOSCOPIA TOTAL (Colonoscopia Total)

O que é e como é realizada uma videocolonoscopia?



A videocolonoscopia é um exame que permite analisar o intestino grosso e, eventualmente, a parte final do intestino delgado (íleon). Na videocolonoscopia total é analisado todo o intestino grosso, ou seja o recto, o cólon sigmóide, o cólon descendente, o cólon transverso, o cólon ascendente e o cego. A videocolonoscopia é realizada com o paciente deitado sobre o lado esquerdo, com as pernas flectidas. É introduzido através do ânus um tubo longo e flexível com cerca de 10 mm de diâmetro, designado colonoscópio, que possui na sua extremidade uma câmara de vídeo que irá transmitir imagens ampliadas e de elevada definição para um monitor presente na sala onde o exame é realizado. Desta forma, o médico poderá examinar o interior do intestino em pormenor à medida que este é percorrido pelo colonoscópio. O colonoscópio possui também componentes que permitem colher, de forma indolor, fragmentos de tecido (biópsia) e tratar diversos tipos de lesões (por exemplo, remover pólipos). A progressão do colonoscópio ao longo do cólon, simultaneamente com a introdução de ar que é necessária para promover a distensão e conseguir assim uma melhor visualização, pode causar algum incómodo, embora em geral este seja bem tolerado. Este exame pode ser realizado sob anestesia, o que reduz significativamente o desconforto que lhe pode estar associado. A anestesia não implica o internamento do paciente, que poderá abandonar o local pelo seu pé pouco depois de terminado o exame. No entanto, caso se opte por realizar o exame sob anestesia, será de toda a conveniência que o paciente seja acompanhado por alguém que lhe possa prestar o auxílio eventualmente necessário.
Em que situações é realizada?
A decisão sobre a necessidade de realizar qualquer exame é sempre tomada pelo médico, em função das características individuais de cada paciente e das suas queixas ou doença. A videocolonoscopia é considerada o exame de eleição para o rastreio e diagnóstico precoce do cancro do cólon e recto, pelo que, dada a elevada incidência desta doença, idealmente todas as pessoas com mais de 50 anos deveriam realizá-la. Aconselha-se a realização de uma videocolonoscopia nos casos de história familiar de cancro do cólon e recto; quando existe uma sintomatologia possível de cancro do cólon e recto sem outra causa evidente; quando se pretende esclarecer dúvidas surgidas noutros exames para remover pólipos ou tratar outras lesões já conhecidas ou diagnosticadas.
Que limitações tem?
A videocolonoscopia é uma técnica que pode falhar lesões e diagnósticos, mesmo com um exame tecnicamente adequado. O clister opaco e a colonografia por TAC podem ser considerados exames alternativos e/ou complementares. Não são, no entanto, tão informativos como a videocolonoscopia e não permitem a realização de biopsias ou a remoção de pólipos.
Quanto tempo demora?
A realização de uma videocolonoscopia demora em média cerca de 15 a 30 minutos; no entanto, pode ser mais demorada, especialmente se for necessário realizar algum procedimento adicional. Depois de terminado o exame, e caso tenha sido realizado sob anestesia, torna-se necessário aguardar algum tempo até que a recuperação esteja completa, período que deve ser passado em repouso, num local específico para o efeito. Posteriormente, o paciente poderá abandonar o hospital. Embora a videocolonoscopia não seja um exame demorado, o facto de ser realizada sob anestesia ou o desconforto que pode causar quando não o é, aconselham a que a manhã ou a tarde da sua realização sejam reservadas apenas para o exame.
É necessário alguma preparação?
A realização de uma videocolonoscopia total requer um período de jejum prévio e uma preparação específica que são fornecidos em separado.
Existem efeitos secundários, riscos ou complicações associados à realização de uma videocolonoscopia?
Caso o exame seja realizado sob anestesia, os efeitos desaparecem geralmente no prazo de poucas horas. A introdução de ar pode resultar numa sensação de pressão abdominal e em flatulência durante algumas horas. Os riscos associados à realização de uma videocolonoscopia são raros, mas existem, tal como acontece com qualquer outro exame em que sejam usados aparelhos ou medicamentos. A incidência destes riscos varia com os indivíduos, está relacionada com a utilização eventual de medicamentos e com procedimentos adicionais que seja necessário realizar. Entre estes riscos, incluem-se infecções ou complicações devidas a doenças já presentes ou a reacções adversas aos medicamentos que sejam administrados. Outras complicações possíveis incluem perfuração intestinal (em média 1 caso em cada 10000) e hemorragia (em média 1 caso em cada 100), que podem nalguns casos requerer internamento, tratamento cirúrgico e/ou transfusões. Para reduzir o risco de ocorrência de complicações é fundamental que o médico esteja informado sobre alergias, outras doenças presentes ou tratamentos em curso.

Sem comentários:

Enviar um comentário