terça-feira, 26 de setembro de 2023

Á DESCOBERTA, CHAMO-LHE EU! BORA FANECA....

 

FlorDaPele:

 descobrir o mundo aos 67 anos de idade? Sim, é possível

 

Viajar sozinho é privilégio apenas dos mais jovens? Há uma espanhola de 67 anos, reformada, com mais de 80 mil seguidores nas redes sociais, que mostra que viajar sozinha é um estado de espírito permitido a todas as idades.

 

Chama-se Sania Jelik e luta contra o idadismo. A sua forma de expressão? Viajar sozinha pelo mundo, registando a sua jornada e mostrando que uma mulher com mais de 60 anos pode viajar sozinha, retirando dessa experiência o mesmo prazer que uma pessoa com mais de metade da sua idade.

No dia em que se reformou e lhe disseram “Agora tens mais tempo para viajar”, Sania Jalik, espanhola de origem croata, que trabalhou como diretora do Gabinete de Turismo da Croácia em Espanha, estava longe de imaginar que levaria a frase tão à letra. Foi o gatilho que lhe serviu de impulso para embarcar numa solitária viagem de cinco meses pela América do Sul e Central, iniciando a sua luta contra o envelhecimento e desmistificando a ideia de que, com a sua idade, não se viaja sozinho.

Sania passou por países como Brasil, Argentina, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Costa Rica, Guatemala e Belize, percorrendo centenas de quilómetros de diversas formas: avião, barco, canoa, comboio, autocarro, mota, minibus, jangada, cavalo, parapente ou, simplesmente, a pé – ao ponto de gastar as suas botas de viagem, que já não regressaram, e registando tudo nas redes sociais, onde foi ganhando seguidores de todo o mundo.

Já a preparar a sua próxima viagem a solo, em 2024, desta vez a África, Sania sempre viajou ao longo da sua vida, mas por períodos mais curtos, devido aos seus compromissos sociais e profissionais. Foi apenas quando se reformou que teve o tempo e a disponibilidade de fazer disso um estilo de vida, mas por uma causa e com uma mensagem muito bem definida: a de chamar a atenção dos agentes de viagens e dos órgãos de comunicação social para a questão do idadismo, onde o  tema de se viajar sozinho na chamada “terceira idade” também consegue ser um tabu ou alvo de preconceito, demonstrando às pessoas da sua geração, assim como aos jovens e a todos os que virão depois dela, que sim, é possível!

A vida não acaba no dia em que nos reformamos. Há menos encargos profissionais, familiares e sociais, e a liberdade que vem com a reforma consegue ser avassaladora”, refere. Num post do seu Instagram podemos ler a seguinte mensagem: “Quanto mais velha fico, mais claramente vejo as minhas prioridades e menos paciência tenho para disparates. Reconheço que o tempo é finito e quero saborear cada momento. Ainda tenho coisas para fazer (já vão ver 😃😂) e sítios para visitar. Também quero continuar a dar visibilidade às pessoas da minha idade, especialmente às mulheres, que se tornam totalmente invisíveis depois dos 65 anos. Segundo estudos, há uma discrepância entre a idade cronológica e a idade mental, que pode chegar a mais de 10 anos, e uma pessoa de 65 anos sente-se mentalmente como uma de 45 ou 50 ou 55. É por isso que considero necessário continuar a publicar o que faço. Para dar visibilidade às pessoas mais velhas e para mostrar que ‘Se eu posso, tu também podes!’”.

Sania deixa também conselhos às mulheres mais jovens que um dia desejem fazer o mesmo, dizendo que é fundamental que ao longo da vida tenham a preocupação de ter hábitos saudáveis, para que se sintam fortes, tanto física como mentalmente. Recordando ainda que é necessário que se mude a forma como a sociedade trata e se refere aos mais velhos, mudando a perceção das pessoas idosas, respeitando-as pelo que são e não as fazendo sentir mais velhas ou um peso, referindo que não aceita que a estigmatizem. Na sua luta contra o idadismo, e uma vez que a sua carreira profissional sempre esteve ligada ao turismo, Sania questiona ainda as agências de viagens e de turismo, o motivo de não se ver com mais frequência fotografias de pessoas com mais de 60 anos nos seus catálogos e pacotes de viagens ou redes sociais, aconselhando-os a terem pessoas como ela, que funcionem como conselheiros seniores, ajudando a planear atividades para este segmento de população.

Ao longo da sua viagem inaugural, onde teve a oportunidade de percorrer o Amazonas, ou de se emocionar com os fiordes chilenos, Sania desafiou o estigma do que uma pessoa reformada pode fazer. Foram cinco meses em que documentou esta sua jornada nas suas redes sociais e canal de YouTube, onde se pode assistir a diversos vídeos das suas atividades, destinos e entrevistas a mulheres ligadas a projetos de ajuda, solidariedade e emancipação feminina, que Sania ajudou a divulgar através da sua iniciativa Silver Traveler Project.

Um exemplo de força e de coragem, numa viagem que teve tanto de solitário quanto de transformador, onde mostrou que é possível dar o salto e descobrir o mundo – mesmo numa fase mais tardia da vida – e ser assoberbada pelo mesmo deslumbramento, medos e desafios de quando se tem 20 anos, mas não deixar que isso seja o mote que nos impede de avançar.

O importante, afirma, “é que não se acomodem”. Exemplo disso é o facto de já se encontrar a preparar a sua próxima viagem, em 2024, a África, ou em 2025, à Polinésia.

 

Mafalda Santos

25 set 2023 12:00

Outras coisas

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

MANUAL MONTAGEM HÉLICE - 88 lbs - 1 CV - SOLAR MARIEN ENGINE

 

Nome da marca
Solar marinha marinha
Comprimento comprimento:
101 cm de distância
Número do modelo
Md 8005:
Material do material
De aço inoxidável
Barracas e barracas
Para a frente 5, para trás 3
Tipo do motor
Motor da escova
Velocidade nominal de velocidade
1600/min
Tensão avaliado:
C.c. 24 v
Corrente avaliado atual
50 a.
Potência de energia
1200 w. 1
Punho de controle
Retrátil retrátil
A velocidade mais rápida
13 km/h














      
                             


6ª JORNADA CAMPEONATO NACIONAL - 2023 /2024 - PORTIMONENSE-BENFICA 1-3. RAZOAVÉL....


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

CÂNCER BEXIGA

 Sinais e Sintomas do Câncer de Bexiga

Os principais sinais e sintomas do câncer de bexiga são:

  • Sangue na urina

Na maioria dos casos, sangue na urina (hematúria) é o primeiro sinal de alerta do câncer de bexiga. Às vezes, não existe uma quantidade de sangue suficiente para alterar a cor da urina. Dependendo da quantidade de sangue, a urina pode ter uma cor alaranjada ou menos frequentemente vermelha escura. Em outros casos, a cor da urina é normal, mas pequenas quantidades de sangue podem ser encontradas no exame de urina realizado por outros sintomas ou como parte de um exame médico de rotina.

O sangue pode estar presente um dia e ausente no dia seguinte e assim a urina pode ser clara durante semanas ou meses. No caso de um câncer de bexiga, o sangue, eventualmente, reaparece. Normalmente, os estágios iniciais de câncer de bexiga causam pouco sangramento, e pouca ou nenhuma dor.

Sangue na urina não significa necessariamente ter câncer na bexiga. Hematúria frequentemente, pode ser causada por outros motivos, como infecção, tumores benignos, cálculos renais ou outras doenças benignas do rim.

  • Mudanças nos hábitos urinários ou sintomas irritativos

O câncer de bexiga pode, algumas vezes, provocar alterações na micção, como:

  1. Urinar com frequência maior que a habitual.
  2. Sensação de dor ou queimação ao urinar.
  3. Urgência em urinar, mesmo quando a bexiga não esteja cheia.
  4. Problemas para urinar ou fluxo de urina fraco

Esses sintomas também podem ser causados por uma doença benigna, como infecções, tumores benignos, cálculos na bexiga, bexiga hiperativa ou por aumento de tamanho da próstata. Ainda assim, é importante procurar um médico, para que a causa seja diagnosticada e tratada, se necessário.

  • Sintomas de câncer de bexiga avançado

Os cânceres de bexiga em estágio avançado podem provocar outros sintomas, como:

  1. Impossibilidade da pessoa urinar.
  2. Dor lombar.
  3. Perda de apetite e perda de peso.
  4. Fraqueza.
  5. Inchaço nos pés.
  6. Dor óssea.

Se há uma razão para suspeitar que uma pessoa possa ter câncer de bexiga, o médico solicitará exames complementares para diagnosticar se é câncer ou outra doença. Em caso de ser câncer, exames complementares serão realizados para o estadiamento da doença.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Taxa de Sobrevida para Câncer de Bexiga por Estágio

A taxa de sobrevida é utilizada pelos médicos como uma forma padrão para discutir o prognóstico de um paciente.

A taxa de sobrevida em 5 anos se refere à porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença. A taxa de sobrevida não prevê quanto tempo cada pessoa viverá, mas permite entender a probabilidade de sucesso do tratamento.

As taxas de sobrevida são baseadas em resultados anteriores de um grande número de pessoas que tiveram a doença, mas não se pode prever o que vai acontecer no caso específico de um paciente. Essas estatísticas podem ser confusas e podem gerar dúvidas, portanto converse com seu médico, só ele tem amplo conhecimento de seu caso e poderá dizer como esses dados se aplicam ao seu caso em particular.

A taxa de sobrevida relativa compara as pessoas com um determinado tipo e estágio de câncer na população em geral. Por exemplo, se a taxa de sobrevida relativa em 5 anos para um estágio específico de câncer de bexiga é de 90%, isso significa que as pessoas portadoras de câncer de bexiga têm, em média, 90% de probabilidade de estarem vivas pelo menos 5 anos após o diagnóstico, comparando com as pessoas que não tem a doença. Mas, saiba que muitos desses pacientes vivem mais do que 5 anos após o diagnóstico.

Os números abaixo são do banco de dados do Instituto Nacional de Câncer Americano (SEER - Surveillance, epidemiology, and end results), que rastreia as taxas de sobrevida em 5 anos para o câncer de bexiga. No entanto, esse banco de dados não agrupa os cânceres pelo sistema de estadiamento TNM, da AJCC e, sim como:

  • Localizado. Não existe sinal de disseminação da doença.
  • Regional. O tumor se disseminou para estruturas próximas ou linfonodos.
  • À distância. O tumor se disseminou para outros órgãos, como pulmões, fígado ou ossos.

Os dados abaixo estão baseados em pacientes diagnosticados com câncer de bexiga entre 2009 e 2015.

Estágio SEER

Taxa de Sobrevida em 5 anos

In situ

Localizado

96%

70%

Regional

36%

À distância

5%

Todos os estágios SEER combinados

77%

Observações sobre as estatísticas acima:

  • Os pacientes diagnosticados atualmente com câncer de bexiga podem ter um prognóstico melhor do que mostrado nos dados acima. As recentes melhorias nas técnicas de tratamento podem resultar em um prognóstico mais favorável para os pacientes que estão sendo agora diagnosticados e tratados atualmente.
  • Essas estatísticas estão baseadas no estágio do câncer no momento do diagnóstico.
  • Essas estatísticas não levam em consideração outros fatores, como idade, estado geral de saúde e como a doença responde ao tratamento, que podem afetar o prognóstico do paciente.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 08/01/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Cistoscopia para Diagnóstico de Câncer de Bexiga

Se houver suspeita de câncer de bexiga será solicitada uma cistoscopia. Nesse procedimento, o urologista insere um cistoscópio através da abertura externa da uretra. Quando o citoscópio está na bexiga é injetado soro fisiológico para expandir a bexiga e permitir a visualização do seu interior.

A cistoscopia pode ser feita no consultório médico ou no centro cirúrgico. Normalmente, a primeira cistoscopia é feita no consultório usando um dispositivo de fibra óptica pequeno e flexível. Se a cistoscopia é feita usando anestesia geral ou anestesia espinhal, o procedimento é feito no centro cirúrgico.

Cistoscopia fluorescente. A cistoscopia fluorescente pode ser realizada junto com a cistoscopia de rotina. Nesse procedimento, é injetado na bexiga um medicamento ativado por luz, que é absorvido pelas células cancerígenas. Quando essas células são iluminadas com uma luz azul, elas se tornam fluorescentes, permitindo ao médico visualizar as áreas com células cancerígenas.

Ressecção transuretral do tumor

Se uma área anormal é observada durante a cistoscopia, será feita uma biópsia. Com auxílio de um instrumento inserido através do cistoscópio, é removida uma amostra do tecido, que depois é enviada para um laboratório de patologia para análise.

O procedimento utilizado para a biópsia de uma área anormal é a ressecção transuretral do tumor da bexiga, também conhecido apenas como ressecção transuretral. Nesse procedimento, o médico remove o tumor e algumas amostras próximas ao tumor. As amostras retiradas são enviadas a um laboratório de patologia para análise.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Detecção Precoce do Câncer de Bexiga

 

Algumas vezes é possível diagnosticar o câncer de bexiga precocemente. A detecção precoce da doença aumenta as chances de um tratamento bem sucedido.

Rastreamento

Os exames de rastreamento são realizados para a detecção precoce de doenças em pessoas assintomáticas. Atualmente, não se recomenda o rastreamento de rotina do público em geral para o câncer de bexiga porque não existe um exame que tenha demonstrado diminuir o risco de morte por câncer de bexiga em pessoas com risco médio para a doença.

Alguns médicos recomendam o rastreamento do câncer de bexiga para as pessoas do grupo de alto risco, como:

  • Pessoas que foram previamente diagnosticadas com câncer de bexiga.
  • Pessoas que apresentaram determinados defeitos congênitos na bexiga.
  • Pessoas ocupacionalmente expostas a determinados produtos químicos.

Exames para detecção precoce

Os exames de rastreamento de câncer de bexiga investigam diferentes substâncias ou células cancerosas na urina.

  • Exame de Urina

Uma maneira de investigar o câncer de bexiga é determinar a presença (ou não) de sangue na urina, o que se denomina hematúria. Isso pode ser feito durante um exame de urina, que é um teste simples para verificar a presença de sangue e outras substâncias na urina. Esse exame é realizado como parte da rotina de um check-up geral de saúde.

O sangue na urina é geralmente causado por doenças como infecções, mas também pode ser o primeiro sinal do câncer de bexiga.

O exame de urina pode diagnosticar alguns cânceres de bexiga precocemente, mas esse exame não é o mais adequado para o rastreamento.

  • Citologia da urina

Nesse exame,  a urina é analisada sob um microscópio para determinar a presença (ou não) de células cancerígenas. Esse exame permite o diagnóstico de alguns tipos de câncer, mas não é confiável o suficiente para o rastreamento da doença.

  • Marcadores tumorais

Vários exames mais recentes buscam substâncias na urina que possam indicar a presença de câncer de bexiga:

  1. UroVysion. Esse exame procura alterações cromossômicas que são frequentemente vistas nas células cancerígenas da bexiga.
  2. Exame BTA. Esse exame avalia uma substância na urina denominada antígeno associado ao tumor da bexiga (BTA).
  3. Immunocyt. Esse exame examina as células na urina quanto à presença de substâncias como a mucina e o antígeno carcinoembrionário (CEA), que frequentemente são encontradas nas células cancerígenas.
  4. NMP22 Bladdercheck. Esse exame procura a proteína NMP22 na urina, que é frequentemente encontrada em níveis mais elevados em pessoas com câncer de bexiga.

Possíveis sintomas do câncer de bexiga

Nenhum exame de rastreamento é recomendado para pessoas com risco médio, mas o câncer de bexiga pode ser diagnosticado precocemente pela presença de sangue na urina ou outros sintomas urinários. Muitos destes sintomas são causados por outras patologias, mas é importante procurar um médico imediatamente, para que a causa possa ser diagnosticada e, se necessário, iniciar o tratamento. Se os sintomas são causados pelo câncer de bexiga, a detecção precoce permite aumentar as chances de um tratamento bem sucedido.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Biópsia do Câncer de Bexiga

Se existe a suspeita de câncer de bexiga, a biópsia é necessária para confirmar o diagnóstico. A biópsia é um procedimento no qual uma amostra de tecido é removida e encaminhada para análise de um patologista, médico especializado no diagnóstico de doenças por meio da análise de tecidos com um microscópio. Se o câncer de bexiga é diagnosticado, duas características são importantes para determinar seu prognóstico, se é invasivo e o grau.

Invasividade. O resultado da biópsia mostra se o tumor invadiu a parede da bexiga ou ainda se a doença permanece na camada interna de células sem qualquer crescimento para as camadas mais profundas, o que é denominado não invasivo. Se o tumor invadiu as camadas mais profundas da bexiga, é chamado invasivo. Os cânceres invasivos são mais propensos a se disseminarem e são mais difíceis de tratar.

O câncer de bexiga também pode ser descrito como não muscular superficial ou invasivo. Esses termos incluem tanto os tumores não invasivos, quanto os tumores invasivos que não cresceram na camada muscular da bexiga.

Grau. Os cânceres de bexiga são, também, classificados pelo grau:

  • Câncer de baixo grau. Também denominado câncer bem diferenciado. Os pacientes com esse tipo de câncer geralmente têm um bom prognóstico.
  • Câncer de alto grau. Também denominado de câncer indiferenciado. O câncer de alto grau é propenso a crescer na parede da bexiga e se disseminar para fora da bexiga. Esses cânceres podem ser mais difíceis de serem tratados.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Biópsia e Citologia das Amostras.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Exames de Imagem para Diagnóstico do Câncer de Bexiga

Os exames de imagem ajudam a localizar a lesão e são extremamente úteis para determinar a extensão da doença o que se denomina estadiamento do câncer de bexiga.

  • Urografia excretora

A urografia excretora é uma radiografia do sistema urinário, realizada após a injeção de um contraste administrado por via venosa. Esse contraste é eliminado da corrente sanguínea pelos rins e passa pelos ureteres e bexiga, permitindo delinear melhor esses órgãos ajudando a encontrar tumores no trato urinário. Algumas pessoas podem ter reações alérgicas ao corante, por isso é importante conversar com o médico sobre qualquer alergia ou reação com o uso de contrastes.

  • Urografia retrógrada

Nesse procedimento, um cateter é colocado através da uretra até a bexiga ou ureter. Em seguida é injetado um contraste na bexiga, ureteres e rins para facilitar a visualização com os raios X.

  • Tomografia computadorizada

A tomografia computadorizada é uma técnica de diagnóstico por imagem que utiliza a radiação X para visualizar pequenas fatias de regiões do corpo, por meio da rotação do tubo emissor de Raios X ao redor do paciente. O equipamento possui uma mesa de exames onde o paciente fica deitado para a realização do exame. Esta mesa desliza para o interior do equipamento, que é aberto, não gerando a sensação de claustrofobia.

A tomografia computadorizada de abdome e pelve permite determinar o tamanho e a localização de tumores do trato urinário, assim como encontrar linfonodos aumentados que podem conter a doença e fornecer informações sobre outros órgãos do abdome e pelve.

Alguns exames tomográficos são realizados em duas etapas: sem e com contraste. A administração intravenosa de contraste deve ser realizada quando se deseja delinear melhor as estruturas do corpo, tornando o diagnóstico mais preciso.

Muitas vezes a tomografia computadorizada é utilizada para guiar precisamente o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de câncer.

  • Ressonância magnética

A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem, que utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens. Este exame, além de permitir uma avaliação dos órgãos internos, sem a utilização de raios X, também proporciona uma visão mais abrangente da região examinada.

A ressonância magnética é particularmente útil para diagnosticar se a doença se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos.

  • Ultrassom

Ao contrário da maioria dos exames de diagnóstico por imagem, a ultrassonografia é uma técnica que não emprega radiação ionizante para a formação da imagem. Ela utiliza ondas sonoras de frequência acima do limite audível para o ser humano, que produzem imagens em tempo real de órgãos, tecidos e fluxo sanguíneo do corpo.

O ultrassom permite determinar o tamanho do tumor e se ele se disseminou para tecidos próximos ou outros órgãos.

Muitas vezes o ultrassom é utilizado para guiar precisamente o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de câncer.

  • Radiografia de tórax

O exame de raios X é um procedimento de imagem para avaliar o corpo humano, que cria uma imagem das estruturas internas do corpo, utilizando uma pequena quantidade de radiação.

A radiografia de tórax é utilizada para diagnosticar a presença de alguma imagem suspeita de tumor em algum dos pulmões.

  • Cintilografia óssea

A cintilografia óssea é uma forma de diagnóstico por imagem que avalia funcionalmente os órgãos e não apenas sua morfologia.

A cintilografia só é realizada se o paciente apresenta dores ósseas ou se os exames de sangue mostrarem que a doença pode ter se disseminado para os ossos.

Para a realização do exame é administrado ao paciente uma injeção intravenosa do radiofármaco 99mTc-MDP (tecnécio), que após algumas horas é atraído pelo tecido ósseo com doença. Para registrar as áreas de captação do material radioativo é utilizada uma câmera especial, que detecta a radioatividade e cria uma imagem do esqueleto. A captação óssea nas imagens é proporcional à atividade metabólica no osso, se devendo principalmente à adsorção do radiofármaco. A cintilografia pode detectar variações de até 5% no metabolismo ósseo, geralmente precedendo as alterações radiológicas, oferecendo alta sensibilidade e baixa dose de radiação mesmo na varredura de todo o esqueleto.

As áreas de dano ósseo aparecem como pontos escuros na imagem do esqueleto. Esses pontos podem sugerir a presença de câncer metastático. No entanto, outras doenças, como por exemplo, a artrite apresenta o mesmo padrão de imagem. Para diferenciar o resultado de outras doenças são solicitados exames adicionais de imagem, como radiografias simples, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

A injeção do material radioativo é a única parte desconfortável desse exame. O material radioativo é eliminado pela urina e a quantidade de radioatividade utilizada é baixa, não oferecendo risco para você ou às pessoas próximas.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Exames de Laboratório para Câncer de Bexiga

Os principais exames utilizados para o diagnóstico do câncer de bexiga são:

  • Exame de urina. É um exame simples para verificar a presença de sangue e outras substâncias em uma amostra de urina.

 

  • Citologia da urina. Na citologia urinária uma amostra de urina é analisada sob um microscópio para ver se existe qualquer tipo de células pré-cancerígenas ou cancerígenas. A citologia ajuda a diagnosticar alguns tipos de câncer, mas não é um exame definitivo. Se o câncer não for diagnosticado nesse exame, não significa que a pessoa não tenha células cancerígenas.

 

  • Cultura de urina. A cultura de urina é útil para diagnosticar infecções em pessoas com sintomas urinários. Infecções e câncer de bexiga podem causar sintomas semelhantes. No laboratório, a urina coletada é colocada num cultivo, para permitir o crescimento de possíveis bactérias presentes. O resultado desse exame demora alguns dias.

 

  • Marcadores tumorais. Os exames de urina buscam substâncias específicas liberadas pelas células cancerígenas. Esses exames podem ser realizados junto com a citologia urinária para determinar se uma pessoa tem câncer de bexiga. O que inclui o NMP22 e BTA Stat, o Immunocyt e o UroVysion.

A maioria dos médicos considera a cistoscopia como a melhor maneira de diagnosticar o câncer de bexiga, além disso, alguns desses exames podem ser uteis para diagnosticar uma possível recidiva da doença.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Estadiamento do Câncer de Bexiga

  •  

 

O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e o prognóstico do paciente.

O estágio do câncer de bexiga é baseado nos resultados de exames físicos, biópsias e exames de imagem, bem como os resultados da cirurgia.

Sistema de estadiamento TNM

O sistema de estadiamento utilizado para o câncer de bexiga é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer (AJCC), que utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer:

  • T. Indica o tamanho do tumor primário e até onde se disseminou.
  • N. Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais próximos.
  • M. Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.

Números ou letras após o T, N e M fornecem mais detalhes sobre cada um desses fatores. Números mais altos significam que a doença está mais avançada. Depois que as categorias T, N e M são determinadas, essas informações são combinadas em um processo denominado estadiamento geral.

O primeiro estágio é o estágio 0 (carcinoma in situ) e, em seguida, variam de estágio I a IV. Quanto maior o estágio, por exemplo, estágio IV, significa que a doença está mais avançada.

O sistema de estadiamento a seguir usa o estágio patológico, que está baseado nos resultados do exame físico, biópsia, exames de imagem e resultados da cirurgia. Esse tipo de  estadiamento é provavelmente mais preciso do que o estadiamento clínico, que leva em consideração apenas os exames realizados antes da cirurgia.

Estágios do Câncer de Bexiga

Estágio 0a. Ta, N0, M0.

Estágio 0is. Tis, N0, M0.

Estágio I. T1, N0, M0.

Estágio II. T2a ou T2b, N0, M0.

Estágio IIIA. T3a, T3b, ou T4a, N0, M0; T1 a T4a, N1, M0.

Estágio IIIB. T1 a T4a, N2 ou N3, M0.

Estágio IVA. T4b, qualquer N, M0; Qualquer T, qualquer N, M1a.

Estágio IVB. Qualquer T, qualquer N, M1b.

Categorias T para câncer de bexiga

A categoria T descreve até que ponto o tumor principal se desenvolveu na parede da bexiga.       

 

A parede da bexiga é formada por 4 camadas principais:

  • O revestimento mais interno denominado urotélio ou epitélio de transição.
  • Camada de tecido conectivo, vasos sanguíneos e nervos.
  • Camada espessa de músculo.
  • Camada de tecido conectivo gorduroso que separa a bexiga dos órgãos próximos.

A maioria dos cânceres de bexiga começa no urotélio. A medida que o câncer se desenvolve e invade as outras camadas da bexiga é considerado um tumor avançado.

As categorias T são descritas acima, exceto para:

  • TX. O tumor primário não pode ser avaliado devido a falta de informação.
  • T0. Não há evidência de tumor primário.

Categorias N para câncer de bexiga

As categorias N são descritas acima, exceto: para

  • NX. Os linfonodos regionais não podem ser avaliados devido a falta de informação.
  • N0. Ausência de metástase em linfonodo regional

Categorias M para câncer de bexiga

As categorias M estão descritas acima indicando a presença de metástase.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Estadiamento do Câncer.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.