segunda-feira, 20 de julho de 2015

PORTUGAL CAMPEÃO DO MUNDO DE FUTEBOL DE PRAIA ( ESPINHO )





Portugal sagrou-se neste domingo campeão do mundo da modalidade, depois de derrotar o Taiti, por 5-3, na final disputada em Espinho. A Rússia, anterior campeã, completou o pódio.

Este foi o segundo título mundial de Portugal, que juntou o sucesso no Campeonato do Mundo ao seu palmarés pela primeira vez em 2001, quando quebrou a supremacia do Brasil, vencedora de todas as seis edições disputadas até então.

Apesar dos 14 anos de diferença entre o triunfo em Espinho e o obtido na Costa do Sauipe, na Baía, Brasil, há quem faça a ligação entre as duas equipas: Madjer (38 anos) e Alan (40). As duas grandes referências do futebol de praia português, que deu os primeiros passos com uma selecção organizada à pressa apenas um mês antes da presença no Mundial de 1997 — o antigo internacional de futebol Carlos Xavier foi o treinador, capitão e autor do primeiro golo da equipa na prova —, foram influentes nos dois êxitos. 

Os jogadores campeões por Portugal, que igualou os dois títulos da Rússia e só perde para o inalcançável Brasil (13), foram Madjer, Alan, Belchior (5 golos), Jordan (1), Coimbra (3), Bruno Novo (2), os gémeos Leonardo (1) e Bernardo Martins (3), Torres (1), José Maria (1) e os guarda-redes Andrade (1) e Tiago Petrony.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O MEU TESOURO!


OS PORTUGUESES JÁ PERDEM DINHEIRO COM OS DEPÓSITOS A PRAZO

Os juros dos depósitos a prazo continuam em queda e são já insuficientes para compensar a taxa de inflação.



Os bancos continuam a cortar nos juros dos depósitos a prazo. Em Maio, a taxa de juro média das novas aplicações chegou aos 0,69%, para as famílias portuguesas, enquanto a taxa oferecidas às empresas caiu para 0,42%. Valores brutos que, ainda assim, ficam já abaixo da taxa de inflação registada em Portugal no mesmo mês, em 1%. Ou seja, quem aplicar o seu dinheiro em depósitos a prazo está na verdade a perder poder de compra.
Os juros médios para as novas aplicações a prazo das famílias caíram de 0,85%, em Abril, para 0,69%, segundo dados publicados pelo Banco Central Europeu na sexta-feira. Trata-se de um novo mínimo histórico, muito longe das taxas superiores a 4,5% que os bancos ofereciam no final de 2011, quando mergulhados numa crise de liquidez. Hoje, os bancos procuram repor a rentabilidade da sua margem financeira, o que significa pagar juros menores nos depósitos e retomar a concessão de crédito.
Recorde-se que as mais valias resultantes de aplicações a prazo são taxadas a 28%, o que significa que uma taxa de juro bruta no valor de 0,69% dá lugar a uma rentabilidade líquida de 0,5%. Ou seja, um depósito de 10.000 euros renderá 50 euros ao final de um ano.
Um valor que é insuficiente para compensar a actual taxa de inflação. Em Maio, situou-se em 1% em termos homólogos, o que significa que precisaria hoje de 10.100 euros para comprar aquilo que há um ano lhe custaria 10.000 euros.

Com o actual nível de subida de preços, manter o seu dinheiro estático numa aplicação a prazo não lhe permitirá compensar a inflação. Ou por outras palavras, estará a perder dinheiro em termos reais.
Apesar disso, as famílias portuguesas continuam a reforçar o total de depósitos a prazo. Em Maio, o ‘stock' de aplicações voltou a crescer, em 208 milhões de euros, para um total de 102.063 milhões de euros, perto do valor mais alto de sempre, registado em Junho de 2012, quando o total de depósitos das famílias atingiu os 104.761 milhões de euros.
Também nas empresas a taxa de juro média renovou mínimos históricos em Maio, ao cair de 0,53% para 0,42%, o que se traduz numa rentabilidade líquida de 0,3%. No entanto, ao contrário do que acontece nas famílias portuguesas, o ‘stock' de depósitos das empresas encontra-se no valor mais baixo desde Junho de 2003, o que sugere que procura por alternativas de investimento. Note-se que, no caso das empresas, a lógica destas aplicações obedece principalmente a um horizonte temporal de curto-prazo, de parqueamento de tesouraria durante alguns meses. Ainda assim existem alternativas como os fundos do mercado monetário ou fundos de tesouraria.

Marta Marques Silva