Horas depois, o governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, ordenou uma evacuação obrigatória de toda a costa daquele estado, que poderá vir a ser atingido pelo furacão ao longo da semana. A ordem abrange cerca de um milhão de pessoas, que estarão a sair de suas casas pela quarta vez em tantos anos.
“Uma maré capaz de ameaçar vidas e ventos fortes são esperados ao longo de partes da costa este da Flórida até meio da semana, e os respetivos alertas estão em vigor. Um pequeno desvio para a esquerda da previsão oficial poderia levar o núcleo do Dorian para perto ou sobre a costa este da Flórida”, pode ler-se numa mensagem do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, que assinala que os ventos de quase 300 quilómetros por hora são os mais fortes registados desde 1935 por um furacão a chegar a terra a partir do Oceano Atlântico.
A instituição, que tem partilhado desenvolvimentos do furacão de categoria 5 (numa escala até 5) na rede social Twitter, acrescenta que “há uma probabilidade crescente de que ventos fortes e uma maré de tempestade perigosa atinjam as costas da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do Norte no final desta semana”.
O Centro Nacional de Furacões prevê ainda “ventos e tempestades” nas ilhas Ábaco e Grande Bahama e pede à população para “se abrigar imediatamente”.
O furacão Dorian já chegou às Bahamas, depois de ter alcançado este domingo a categoria 5 (nível máximo da escala), podendo ter consequências "catastróficas". Esta é já considerada a tempestade mais violenta registada na região noroeste das Bahamas, informou o serviço de meteorologia norte-americano.
Centro Nacional de Furacões (National Hurricane Center, NHC, no original) dos EUA informou que o furacão Dorian chegou ao início da tarde deste domingo (hora local) a Elbow Cay, nas ilhas Ábaco, nas Bahamas.
O diretor do NHC, Ken Graham, afirmou que o furacão é "muito perigoso" e representa uma ameaça para o arquipélago turístico do Caribe. Esta é uma tempestade que coloca as populações "em risco de vida" e que poderá trazer um nível de destruição "extremo", advertiu o NHC.
Os ventos poderão provocar ondas de três a seis metros de altura nalgumas regiões, assim como chuvas torrenciais, informou Graham.
O furacão Dorian deve permanecer sobre as Bahamas durante quase 30 horas.
De acordo com o NHC, com sede em Miami, este é o furacão mais forte a passar pelo noroeste das Bahamas, segundo com os registos modernos, com o ventos a alcançar pelo menos 295 km/h.
O Dorian é o segundo furacão com os ventos mais fortes a ser registado no Atlântico, igualando as tempestades de 1935, 1988 (Gilbert) e de 2005 (Wilma). A tempestade Allen, em 1980, foi aquela em que se verificaram os ventos mais intensos (306 km/h) no Atlântico.
A NASA tem estado a disponibilizar algumas imagens do furacão.
Neste vídeo publicado no sábado na conta oficial do Twitter da Estação Espacial Internacional, pode ver-se a dimensão da tempestade.
Na Grande Bahama, milhares de pessoas abandonaram as áreas que devem ser atingidas pelo Dorian.
O primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, intensificou os avisos à população. "Peço a todos os moradores das Bahamas que, na passagem do furacão Dorian, deixem as suas casas e procurem abrigo", escreveu no Twitter.
Flórida, Geórgia e Carolina do Sul e do Norte em alerta
O furacão deve aproximar-se da costa leste da Flórida na segunda-feira à noite e na terça-feira, mas é difícil prever com que intensidade atingirá este estado norte-americano após a mudança de trajetória.
Nalgumas zonas do estado, chegaram a ser emitidas ordens de evacuação.
O furacão "está a deslocar-se e é muito difícil de prever", afirmou Donald Trump no sábado, ao indicar que os estado da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do Norte poderão vir a ser atingidos.
O Presidente norte-americano cancelou a viagem à Polónia no fim de semana para continuar a acompanhar a situação.
O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, declarou estado de emergência. "A força e a imprevisibilidade da tempestade obrigam-nos a estar preparados para todos os cenários", disse.
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